domingo, 16 de agosto de 2009

O Filme A Mumia



Sinopse do Filme A Múmia

Em 1926, um grupo de arqueologistas descobre uma tumba na cidade perdida de Hamunaptra. Dentro da tumba é encontrado o corpo de Imhotep (Arnold Vosloo), o sacerdote do Faraó Seti (Aharon Ipalé), que foi mumificado vivo além de ter recebido a mais terrível das maldições por ter dormido com a amante do faraó e, movido por ciúme doentio e amor, ter matado o Faraó. No entanto, quando um dos membros da expedição lê um manuscrito que foi encontrado pelo grupo e traz Imhotep de volta à vida, ele ressurge cheio de ódio e só pensa em reencontrar sua amada e destruir todos que cruzem o seu caminho, trazendo consigo as dez pragas do Egito.


OS CINCO FATOS DO FILME SOLICITADOS ( na apostila da escola )
As Pirâmides
A Múmia
As Pinturas Antigas
As Roupas Egipcias de Época
A Riqueza das jóias

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Mausoléu de Halicarnasso






MAUSOLÉU DE HALICARNASSO







No século IV a.C. , Artemísia, mulher de Mausolo, rei da Cária, mandou construir um túmulo em homenagem ao marido: o Mausoléu de Halicarnasso, que viria a ser a sexta maravilha do mundo. Halicarnasso era a capital da Cária - região que englobava cidades gregas ao longo do mar Egeu e das montanhas do interior e hoje faz parte da Turquia. Durante o reinado de Mausolo (370-353 a.C.), a cidade conheceu grande progresso com a construção de edifícios públicos; extensa muralha devia protegê-la de ataques. O romano Plínio descreveu o mausoléu como um suntuoso monumento sustentado por 36 colunas. Com quase 50 metros de altura, ocupava uma área superior a 1200 metros quadrados. Acima da base quadrada, erguia-se uma pirâmide de 24 degraus que tinha no topo uma carruagem de mármore puxada por quatro cavalos.
Dentro ficavam as estátuas de Artemísia e Mausolo, além de trabalhos de Escopas, considerado um dos maiores escultores da Grécia do século IV. Algumas dessas esculturas, como uma estátua de 4,5 metros, provavelmente de Mausolo, encontram-se no Museu Britânico. O túmulo foi destruído, provavelmente por um terremoto, em algum momento entre os séculos XI e XV. As pedras que sobraram da destruição acabaram sendo aproveitadas na construção de edifícios locais. Ficou do nome do rei Mausolo a palavra mausoléu, usada para designar monumentos funerários.
"Eu tenho mentido, sobre mim em Halicarnasso, um gigante monumento tal como nenhuma outra pessoa morta tem, enfeita do jeito mais elegante com estátuas de cavalos e homens escavados o mais realisticamente possível no mármore de melhor qualidade." (Rei Mausolo em "Conversas da Morte" de Lúcio) Parecido com as Grandes Pirâmides de Gizé, nós estamos agora visitando o túmulo de um rei da Antigüidade. Mas o Mausoléu é diferente - tão diferente das Pirâmides que ganhou sua reputação - e uma marca dentro da lista - por outra razão. Geograficamente ele está mais perto do templo de Artemis... E foi a beleza da tumba, mais do que seu tamanho, que fascinou os visitantes por anos.

















História
Quando os persas expandiram seu reino antigo para incluir a Mesopotâmia, Norte da Índia, Síria, Egito e Ásia Menor, o rei não podia controlar seu vasto império sem a ajuda de governadores e leis locais - os Sapatrias. Como muitas outras províncias, o reino de Caria na parte leste da Ásia Menor (Turquia) estava tão longe da capital persa que era praticamente autônoma. De 377 à 353 a.C., o rei Mausolo de Caria, reinou e moveu sua capital para Halicarnasso. Nada na vida de Mausolo é empolgante além da construção de seu túmulo. O projeto foi imaginado pela sua esposa e irmã Artemisa, que imaginava o maior e mais suntuoso túmulo de todas as épocas sobre os restos mortais de seu marido e irmão. A Rainha Artemisa contratou os arquitetos gregos Sátiro e Pítio para desenharem o túmulo.
Quatro escultores famosos - Briáxis, Leócares, Escopas e Timóteo - decoraram cada lado do monumento, com esculturas talhadas por eles. O nome à estrutura (mausoléu) foi uma homenagem à Mausolo. O Mausoléu foi completado por volta de 350 a.C., 3 anos depois de Mausolo morrer e 1 depois de Artemisa.
Por 16 séculos, o Mausoléu permaneceu em boas condições até que um terremoto causou alguns estragos no telhado e nas colunatas. No século 15, os Cavaleiros de São João de Malta invadiram a região e construíram um castelo compacto de cruzada. Quando eles decidiram fortificá-lo em 1494, eles usaram as pedras do Mausoléu. Em 1522, todos os blocos do Mausoléu tinham sido desmontadas e usadas na construção. Outra teoria diz que, o Mausoléu foi destruído por um terremoto entre os séculos XI e XV de nossa era.
Hoje, o castelo compacto ainda fica em Bodrum, e as pedras polidas e os blocos de mármore do Mausóleu podem estar marcadas dentro da parede da construção. Algumas das esculturas estão conservadas e hoje estão em exposição no Museu Britânico em Londres. Isso inclui fragmentos de estátuas e muitas partes do castelo mostrando a batalha entre os Gregos e os Amazonas. No local do Mausoléu, somente a fundação permanece intacta daquela magnífica Maravilha.
Descrição
Trabalharam ali 30 mil homens durante 10 anos e a obra ficou pronta em 352 a.C. Sua base era de mármore e bronze, com revestimento de ouro.
A estrutura era retangular no plano, com a base medindo 40 m por 30 m. Sobre a fundação ficava um pódio com degraus com os lados decorados com estátuas. A câmara de enterro e o sarcófago de caixão branco eram decorados com ouro e estavam localizados sobre o pódio e rodeado por 36 colunas de estilo jônico. A colunata suportava um telhado em forma de pirâmide, construída em 24 degraus, que foi decorado com um grupo de estátuas, no qual estavam, sem dúvidas, as estátuas de Mausolo e sua esposa.. Uma estátua de mármore de uma carruagem puxada por 4 cavalos enfeitava o topo do túmulo.
A altura total do Mausoléu era de 45 m. Os degraus em forma de pódio tinha 20m, a colunata 12 m, a pirâmide 7 m e 6 m da carruagem no topo.
Desde o século 19, escavações arqueológicas foram feitas no local do Mausoléu. Estas escavações junto com as descrições detalhadas dos historiadores antigos dão-nos uma boa idéia sobre a forma e a aparência do Mausoléu. Uma reconstrução moderna do lado menor do Mausoléu ilustra o natural prodigio de arte e arquitetura da construção ... uma construção que dá seu nome para todos os atuais grandes túmulos: mausoléus.
Ficha Técnica
Localização: Na cidade de Bodrum no Mar Egeu, no sudoeste da Turquia.Dimensões: 40 x 30 x 45 m (largura x profundidade x altura)Função da Construção: TúmuloCivilização Construtora: PersasAnos de Existência: 1872 anos (ainda existe)Material Predominante: Mármore e Bronze
Fonte: www.avanielmarinho.com.br
Artemisa II, irmã e esposa do rei Mausolo, mandou construir o maior e mais suntuoso túmulo de todas as épocas. Sua base era de mármore e bronze, com revestimento de ouro. Trabalharam ali 30 mil homens durante dez anos e a obra ficou pronta em 352 a.C. No alto da construção de cinqüenta metros, viam-se as estátuas do rei e da rainha. Artemisa morreu antes de ver o mausoléu terminado. Fragmentos desse monumento são encontrados no Museu Britânico, em Londres, e em Budrum, na Turquia. A palavra mausoléu vem de MausoloMAUSOLÉU DE HALICARNASSO
A expansão persa que incluiu a Mesopotâmia, Norte da Índia, Síria, Egito e Ásia Menor, não permitia o controle efetivo de todo seu império sem o auxílio inevitável de governantes locais e a necessária assimilação de suas leis, entre elas os Sapatrias. Tal como as províncias persas do extremo oriental de seu domínio, algumas localidades tornaram-se praticamente autônomas. Entre elas uma foi alterada em sua capital por Mausolo, rei de Cária que ordenou a moção para Halicarnasso.
Cária era um reino que incorporava diversas cidades gregas ao longo do mar Egeu e montanhas do interior que atualmente compõem a Turquia, na Ásia Menor. A cidade vivenciou progresso expressivo durante o reinado de Mausolo entre 370 e 353 a.C., com a construção de edificações públicas e principalmente uma extensa muralha que tinha a finalidade de proteger contra invasores e ataques inimigos. Mausolo viveu casado com sua irmã Artemísa, tratava-se de uma prática comum na antiguidade que visava preservar os dons genéticos evitando a miscigenação e conseqüente perda de suas características principalmente a perda de sua cultura por influência externa (prática comum no Egito, por exemplo). Após a sua morte, a rainha contratou arquitetos gregos para a edificação de um monumento suntuoso sobre os restos mortais de seu esposo. Ela não viveu para ver a obra terminada em 350 a.C., um ano após sua morte.
O romano Plínio descreveu o edifício como um suntuoso monumento que tinha perto de 50 metros de altura e era sustentado por 36 colunas em uma base quadriculada, acima desta base se iniciava uma estrutura piramidal com 24 degraus e no seu topo havia uma carruagem puxada por quatro cavalos. A base era de mármore e bronze, com revestimento e acabamentos em ouro, a carruagem também era de mármore e possuía diversas esculturas e estátuas em seu interior representando cenas da mitologia grega, entre elas estava a estátua de Mausolo e Artemísa. Ocupava uma área superior a 1.200 metros quadrados. A importância e influência desta atitude em veneração e homenagem a uma personalidade teve repercusões que permanecem até nossos dias, onde todo sepulcro suntuoso é tratado como "mausoléu".
moedas carianas com a figura de Apollo
Sátiro e Pítio foram os arquitetos contratos para o projeto, que ainda contou com o trabalho de escultores como Briáxis, Leócares, Escopas e Timóteo, cada um esculpindo um lado do monumento. Sua finalização se concretizou em 350 a.C., três anos após a morte de Mausolo e um ano depois da morte de Artemisa. Sua área total era de 30 x 40 metros com altura de 46 metros, dividido interiormente em quatro níveis, possuía um terraço cercado por 36 colunas e as estátuas de Mausolo e Artemisa além de muitas figuras em relevo. No total, foram dez anos de trabalho e algo em torno de 30 mil homens trabalhando para a sua realização. A câmara da sepultura e o sarcófago de caixão branco eram decorados em ouro e estavam localizados sobre o pódio e rodeado por 36 colunas de estilo jônico.Os degraus em forma de pódio tinham 20m, as colunas 12 m, a pirâmide 7 m e finalmente a carruagem no topo contava com mais 6 metros de altura.
Muitos visitantes se impressionavam com a tumba, mais do que o tamanho do edifício erigido em homenagem à Mausolo. Sua proximidade com o Templo de Ártemis em Epheso não obscurecia a particularidade de sua beleza. Alguns sustentavam alguma similaridade com as Grandes Pirâmides de Gizé, mas não podem ser comparados. Ele era um monumento gigantesco adornado com estátuas de cavalos e homens esculpidos em relevo que aproximavam muito da aparência realística com a melhor qualidade do mármore em seu tempo.
parte do relevo do mausoléu com a batalha entre gregos e amazonas
Suas condições permaneceram boas por mais de mil e quinhentos anos, até que um forte terremoto em 1304 abalou sua estrutura prejudicando suas colunas e destelhando parte do monumento. No séc. XV uma cruzada dos cavaleiros de São João da Malta invadiu a localidade e utilizou as pedras para a construção de um castelo compacto fortificado com grande parte das pedras do Mausoléu. Em 1522, todos os blocos do Mausoléu foram desmontados e utlizados na finalização do trabalho. Parte dos destroços permanecem no museu britânico na cidade de Londres e também em Bodrum na Turquia. Entre o que foi preservado, está a estátua de Mausolo com cerca de 4,5 metros de altura e permanece em Londres. Do restante dos destroços, muitas das pedras utilizadas na construção foram aproveitadas para edificar construções locais.
cidade de Halicarnasso atual
O castelo permanece na cidade de Bodrum (Turquia), podendo conter as pedras polidas e blocos de mármore nas paredes de sua construção. Parte das esculturas foram conservadas e estão expostas no museu britânico de Londres. Entre os fragmentos, existem partes do próprio castelo registrando a batalha entre gregos e as Amazonas. Atualmente, tudo o que restou da imensa maravilha, foi a sua fundação que permanece no local até nossos dias.
Há 2.350 anos, Artemisia, viúva e irmã do Rei Mausolus de Caria, país localizado onde hoje é a Turquia, a Rainha Artemisia contratou arquitectos gregos para construírem um soberbo monumento sobre os restos mortais do rei seu marido e irmão. Por incrível que possa parecer, Artemisia era mesmo casada com seu irmão. Isso era comum na época, até mesmo no Egipto.
A tumba era um grande monumento, adornado por uma estátua de Mausolus e por esculturas de mármore com cenas da mitologia, isto é, cenas das histórias fabulosas dos deuses e heróis do mundo antigo.
O nome mausoléu passou a significar um monumento em memória dos que morriam e deveriam ser lembrados, como Mausolus. Esta "maravilha" provavelmente foi destruída por um terramoto entre os séculos XI e XV. As suas pedras foram reutilizadas em construções locais.

























Mausoléu de Halicarnasso
O mausoléu de Halicarnasso, pintado por Martin Heemskerck (1498–1574), baseando-se em descrições
O mausoléu de Halicarnasso ou mausoléu de Mausolo foi uma tumba construída entre 353 e 350 a.C. em Halicarnasso (atual Bodrum, Turquia) para Mausolo , um rei provinciano do império persa, e Artemísia II de Cária, sua irmã e esposa. A estrutura foi desenhada pelos arquitetos gregos Sátiro e Pítis. Ela tinha aproximadamente 45 metros de altura, e cada um de seus quatro lados foi adornado com relevos criados por cada um dos quatro escultores gregos — Briáxis, Escopas, Leocarés e Timóteo. A estrutura finalizada foi considerada como sendo um triunfo estético por Antípatro de Sídon, que a identificou como uma de suas sete maravilhas do mundo antigo. O termo mausoléu veio a ser usado genericamente para qualquer grande tumba, embora "Mausol — eion" originalmente significasse "associado com Mausolo".
Vida de Mausolo e Artemísia
Em 377 a.C., Halicarnasso era a capital de uma pequena região–reino na costa da Anatólia. Naquele ano o governador da região, Hecatômno de Milas, morreu e deixou o controle do reino a seu filho, Mausolo. Hecatômno, um sátrapa local dos persas, tomou o controle de várias das cidades e distritos vizinhos. Após ter Mausolo e Artemísia, ele teve vários outros filhos e filhas: Ada (mãe adotada de Alexandre), Idrieu e Pixodaro. Mausolo estendeu seu território até a costa sudoeste da Anatólia. Mausolo e Artemísia governaram o território ao redor de Halicarnasso por 24 anos.
Mausolo, embora descendendo das pessoas locais, falava grego e admirava a maneira grega de vida e governo. Ele fundou muitas cidades de plano grego junto à costa e encorajou tradições democráticas gregas. Mausolo decidiu construir uma nova capital, uma cidade tão dura para capturar como magnífica para ser vista. Ele escolheu a cidade de Halicarnasso. Se os navios de Mausolo bloquearam um pequeno canal, eles podiam manter todos os navios de guerra inimigos longe. Ele começou a fazer de Halicarnasso uma capital adequada para um príncipe guerreiro. Seus operários aprofundaram o porto da cidade e usaram a areia dragada para fazer armas protetoras em frente ao canal. Em terra, eles calçaram praças, ruas e casas para cidadãos normais, e em um lado do porto construíram um massivo palácio–fortaleza para Mausolo, posicionado para ter vistas claras do mar e para o interior das colinas - lugares de onde inimigos atacariam. Em terra, os operários construíram ainda muralhas e torres de guarda, um teatro em estilo grego e um templo para Ares, o deus grego da guerra.
Mausolo e Artemísia gastaram sua soma gigante de dinheiro de taxa para embelezar a cidade. Compraram estátuas, templos e edifícios de mármore cintilante. No centro da cidade Mausolo traçou um plano para estabelecer um lugar de descanso para seu corpo após a sua morte. Ela seria uma tumba que mostraria para sempre como ele e sua rainha foram ricos. E em 353 a.C. Mausolo morre, deixando Artemísia de coração partido. (Era o costume em Cária para governantes desposarem suas próprias irmãs. Uma razão para este tipo de casamento era que ele guardava o poder e a riqueza da família.) Como um tributo a ele, ela decidiu construir-lhe a mais esplêndida tumba do mundo então conhecido. Ela tornou-se uma estrutura tão famosa que o nome de Mausolo é hoje associado com todas as tumbas suntuosas através de nosso termo moderno mausoléu.
A construção era também tão bela e única que tornou-se uma das sete maravilhas do mundo antigo. Logo após a construção da tumba Artemísia começou a encontrar-se numa crise. Rodes, uma ilha no mar Egeu entre a Grécia e a Anatólia, fôra conquistada por Mausolo. Quando os rodianos ouviram sobre a sua morte eles rebelaram-se e mandaram uma frota de navios para capturar a cidade de Halicarnasso. Sabendo que a frota rodiana estava a caminho, Artemísia escondeu seus próprios navios numa localização secreta na extremidade leste do porto da cidade.
Depois que as tropas da frota rodiana desembarcaram para atacar, a frota de Artemísia capturou a frota rodiana e sirgou-a para o mar. Artemísia colocou seus próprios soldados nos navios invasores e remou-os de volta a Rodes. Cometeu tolice achando que os navios regressores eram sua própria marinha vitoriosa, os rodianos falharam em instalar uma defesa e a cidade foi facilmente capturada sufocando a rebelião. Artemísia viveu por apenas dois anos após a morte de seu marido. As urnas com as cinzas deles foram colocadas na tumba ainda inacabada. Como uma forma de ritual de sacrifício os corpos de um grande número de animais mortos foram colocados na escada conduzindo à tumba. E a escada foi cheia com pedras e escombros, selando seu acesso. De acordo com o historiador Plínio, os artesãos decidiram parar e finalizar o trabalho após a morte de seu cliente "considerando que ele foi ao mesmo tempo um memorial de sua própria fama e da arte do escultor."
A construção do mausoléu
O mausoléu em ruínas, como ele mantém-se hoje
Artemísia decidiu que nenhuma despesa era para ser poupada na edificação da tumba. Ela enviou mensageiros à Grécia para encontrar os artistas mais talentosos da época. Estes incluíam Escopas, o homem que havia supervisionado a reconstrução do templo de Artemis em Éfeso. Outros escultores famosos como por exemplo Briáxis, Leocarés e Timóteo juntaram-lhe bem como centenas de outros artesãos. A tumba foi erigida em uma colina tendo uma vista panorâmica da cidade. A estrutura completa sentou em um pátio fechado. No centro do pátio estava uma plataforma de pedra em que a tumba sentou-se. Uma escada, ladeada por estátuas de leões de pedra, guiava ao topo da plataforma. Ao longo da parede exterior desta estavam muitas estátuas descrevendo deuses e deusas. Em cada canto guerreiros de pedra cavalgando guardavam a tumba.
No centro da plataforma estava a tumba propriamente dita. Feita principalmente de mármore, a estrutura erguia-se como uma praça, diminuindo obstáculo para um terço da altura de 45 metros (135 pés) do mausoléu. Esta seção foi coberta com escultura em relevo exibindo cenas de ação da mitologia/história grega. Uma parte exibia a batalha dos centauros com os lapitas. Outro descrevia gregos em luta com as amazonas, uma raça de mulheres guerreiras. No topo desta seção da tumba trinta e seis colunas delgadas, nove por lado, erguiam-se por outro terço da altura. Ereta entre cada coluna estava outra estátua. Atrás das colunas estava um objeto resistente que carregava o peso do massivo telhado da tumba. O telhado, que englobava mais do terço final da altura, estava na forma de uma pirâmide. De pé no topo estava uma quadriga: quatro massivos cavalos puxando uma biga em que imagens de Mausolo e Artemísia passeiam.
O mausoléu em épocas medievais e modernas
O design do Santuário da Lembrança em Melbourne foi inspirado por aquele do mausoléu
O mausoléu teve uma vista panorâmica da cidade de Halicarnasso por vários séculos. Ele esteve intacto quando a cidade caiu sob Alexandre em 334 a.C. e ainda não danificado após ataques de piratas em 62 e 58 a.C.. Ele permaneceu acima das ruínas da cidade por uns 16 séculos. Então uma série de terremotos destruiu as colunas e mandou a biga de pedra ao chão. Em 1404 apenas a base natural do mausoléu estava ainda reconhecível. No século XV d.C., os hospitalários invadiram a região e construíram um massivo castelo. Quando eles decidiram fortificá-lo em 1494, eles usaram as pedras do mausoléu. Em 1522 rumores de uma invasão turca causaram cruzadas para reforçar o castelo em Halicarnasso (que era então conhecida como Bodrum) e muito das porções restantes da tumba foi desmanchado e usado dentro das muralhas do castelo.
Realmente seções de mármore polido da tumba podem ainda ser vistas lá hoje. Naquela época uma reunião de cavaleiros entrou na base do monumento e descobriu a sala contendo um grande caixão. Em várias histórias sobre o mausoléu alguém pode encontrar a seguinte descrição sobre o que ocorreu: a reunião, decidindo que estava tarde demais para abri-la naquele dia, voltou na manhã do outro dia para encontrar a tumba e qualquer tesouro que ela pudesse conter, roubariam. Os corpos de Mausolo e Artemísia estavam perdidos, também. Os cavaleiros reclamaram que aldeões muçulmanos eram responsáveis pelo roubo, mas é justo como provável que alguns dos próprios cruzados roubaram os túmulos. Nas paredes do pequeno museu construído próximo ao sítio do mausoléu nós encontramos uma descrição diferente. Pesquisa feita por arqueólogos nos anos 60 mostra que antes dos cavaleiros chegarem ladrões de túmulos cavaram um túnel sob a câmara do túmulo, furtando seus conteúdos. Também o museu expressa que é mais provável que Mausolo e Artemísia tenham sido cremados, assim somente uma urna com suas cinzas foi colocada na câmara do túmulo. Isto explica por que não foram encontrados corpos.
Artemisa II, irmã e esposa do rei Mausolo, mandou construir o maior e mais suntuoso túmulo de todas as épocas. Sua base era de mármore e bronze, com revestimento de ouro. Trabalharam ali 30 mil homens durante dez anos e a obra ficou pronta em 352 a.C.. No alto da construção de cinqüenta metros, viam-se as estátuas do rei e da rainha. Artemisa morreu antes de ver o mausoléu terminado. Fragmentos desse monumento são encontrados no Museu Britânico, em Londres, e em Bodrum, na turquia. A palavra mausoléu vem de Mausolo.
MAUSOLÉU DE HALICARNASSO
Artemisa II, irmã e esposa do rei Mausolo, mandou construir o maior e mais suntuoso túmulo de todas as épocas. Sua base era de mármore e bronze, com revestimento em ouro. A obra ficou pronta em 352 a.C. No alto da construção viam-se as estátuas do rei e da rainha. Artemisa morreu antes de ver o mausoléu terminado. Fragmentos desse monumento são encontrados no Museu Britânico, em Londres e em Bodrum, Turquia.
Situado na Ásia Menor foi mandado erigir, em 353 a.C. , pela rainha Artemísia em memória do seu marido, o rei Mausolo de Cária.
O mausoléu tinha 43 metros de altura.
O que dele resta são algumas peças pertencentes ao espólio do Museu Britânico

sábado, 8 de agosto de 2009

Vulcões


VULCÃO


A palavra "vulcão" deriva do nome do deus do fogo na
mitologia romana Vulcano. A ciência que estuda os vulcões designa-se por vulcanologia.

Vulcão é uma estrutura geológica criada quando o
magma, gases e partículas quentes (como cinzas) escapam para a superfície terrestre. Eles ejectam altas quantidades de poeira, gases e aerossóis na atmosfera, podendo causar resfriamento climático temporário. São frequentemente considerados causadores de poluição natural. Tipicamente, os vulcões apresentam formato cónico e montanhoso.
A erupção de um vulcão pode resultar num grave
desastre natural, por vezes de consequências planetárias. Assim como outros desastres dessa natureza, as erupções são imprevisíveis e causam danos indiscriminados. Entre outras coisas, tendem a desvalorizar os imóveis localizados em suas vizinhanças, prejudicar o turismo e consumir a renda pública e privada em reconstruções. Na Terra, os vulcões tendem formar-se junto das margens das placas tectónicas. No entanto, existem excepções quando os vulcões ocorrem em zonas chamadas de hot spots (pontos quentes). Por outro lado, os arredores de vulcões, formados de lava arrefecida, tendem a ser compostos de solos bastante férteis para a agricultura.
Tipos de vulcão
Uma das formas de classificação dos vulcões é através do tipo de material que é eruptido, o que afecta a forma do vulcão. Se o
magma eruptido contém uma elevada percentagem em sílica (superior a 65%) a lava é chamada de félsica ou "ácida" e tem a tendência de ser muito viscosa (pouco fluida) e por isso solidifica rapidamente. Os vulcões com este tipo de lava têm tendência a explodir devido ao facto da lava facilmente obstruir a chaminé vulcânica. O Monte Pelée na Martinica é um exemplo de um vulcão deste tipo.
Se, por outro lado, o
magma é relativamente pobre em sílica (conteúdo inferior a 52%) é chamado de máfico ou "básico" e causa erupções de lavas muito fluidas capazes de escorrer por longas distâncias. Um bom exemplo de uma escoada lávica máfica é a do Grande Þjórsárhraun (Thjórsárhraun) originada por uma fissura eruptiva quase no centro geográfico da Islândia há cerca de 8000 anos. Esta escoada percorreu cerca de 130 quilómetros até ao mar e cobriu uma área com 800 km².







Monte Erebus, um exemplo de vulcão-escudo.
Vulcão Mayon, exemplo de um estratovulcão.
Vulcão-escudo: o
Havaí e a Islândia são exemplos de locais onde são encontrados vulcões que expelem enormes quantidades de lava que gradualmente constroem uma montanha larga com o perfil de um escudo. As escoadas lávicas destes vulcões são geralmente muito quentes e fluidas, o que contribui para ocorrerem escoadas longas. O maior vulcão deste tipo na Terra é o Mauna Loa, no Havaí, com 9000 m de altura (assenta no fundo do mar) e 120 km de diâmetro. O Monte Olimpus em Marte é um vulcão-escudo e também a maior montanha do sistema solar.
Cones de escórias: é o tipo mais simples e mais comum de vulcões. Esses vulcões são relativamente pequenos, com alturas geralmente menores que 300 metros de altura. Formam-se pela erupção de magmas de baixa viscosidade, com composições
basálticas ou intermediárias.
Estratovulcões: também designados de "compostos", são grandes edifícios vulcânicos com longa atividade, forma geral cônica, normalmente com uma pequena cratera no cume e flancos íngremes, construídos pela intercalação de fluxos de lava e produtos piroclásticos, emitidos por uma ou mais condutas, e que podem ser pontuados ao longo do tempo por episódios de colapsos parciais do cone, reconstrução e mudanças da localização das condutas. Alguns dos exemplos de vulcões deste tipo são o Teide na Espanha, o Monte Fuji no Japão, o Cotopaxi no Equador, o Vulcão Mayon nas Filipinas e o Monte Rainier nos EUA. Por outro lado, esses edifícios vulcânicos são os mais mortíferos da Terra, envolvendo a perda da vida de aproximadamente 264000 pessoas desde o ano de 1500.
Caldeiras ressurgentes: são as maiores estruturas vulcânicas da Terra, possuindo diâmetros que variam entre 15 e 100 km². À parte de seu grande tamanho, caldeiras ressurgentes são amplas depressões
topográficas com uma massa elevada central. Exemplos dessas estruturas são a Valles (EUA), Yellowstone (EUA) e Cerro Galan (Argentina).
Vulcões submarinos: são aqueles que estão abaixo da
água. São bastante comuns em certos fundos oceânicos, principalmente na dorsal meso-atlântica. São responsáveis pela formação de novo fundo oceânico em diversas zonas do globo. Um exemplo deste tipo de vulcão é o vulcão da Serreta no Arquipélago dos Açores.
Génese dos vulcões
Os movimentos e a dinâmica do magma, tal como a maior parte do interior da
Terra, ainda são pouco conhecidos. No entanto é sabido que uma erupção é precedida de movimentos de magma do interior da Terra até à camada externa sólida (crosta terrestre) ocupando uma câmara magmática debaixo de um vulcão. Eventualmente o magma armazenado na câmara magmática é forçado a subir e é extruído e escorre pela superfície do planeta como lava, ou o magma pode aquecer água nas zonas próximas causando descargas explosivas de vapor; pode acontecer também que os gases que se libertam do magma projectem rochas, piroclastos, obsidianas e/ou cinzas vulcânicas. Apesar de serem sempre forças muito poderosas, as erupções podem variar de efusivas a extremamente explosivas.
A maioria dos vulcões terrestres tem origem nos limites destrutivos das
placas tectónicas, onde a crosta oceânica é forçada a mergulhar por baixo da crosta continental, dado que esta é menos densa do que a oceânica. A fricção e o calor causados pelas placas em movimento leva ao afundamento da crosta oceânica, e devido à baixa densidade do magma resultante este sobe. À medida que o magma sobe através de zonas de fractura na crosta terrestre, pode eventualmente ser expelido em um ou mais vulcões. Um exemplo deste tipo de vulcão é o Monte Santa Helena nos EUA, que se encontra na zona interior da margem entre a placa Juan de Fuca que é oceânica e a placa Norte-americana.
Ambientes tectónicos
Os vulcões encontram-se principalmente em três tipos principais de ambientes tectónicos:
Limites construtivos das placas tectónicas
Este é o tipo mais comum de vulcões na Terra, mas são também os observados menos frequentemente dado que a sua actividade ocorre maioritariamente abaixo da superfície dos oceanos. Ao longo do sistema de
riftes oceânicos ocorrem erupções espaçadas irregularmente. A grande maioria deste tipo de vulcões é apenas conhecida devido aos sismos associados às suas erupções, ou ocasionalmente, se navios que passam nos locais onde existem, registam elevadas temperaturas ou precipitados químicos na água do mar. Em alguns locais a actividade dos riftes oceânicos levou a que os vulcões atingissem a superfície oceânica: a Ilha de Santa Helena e a Ilha de Tristão da Cunha no Oceano Atlântico e as Galápagos no Oceano Pacífico, permitindo que estes vulcões sejam estudados em pormenor. A Islândia também se encontra num rifte, mas possui características diferentes das de um simples vulcão.
Os magmas expelidos neste tipo de vulcões são chamados de MORB (do
inglês Mid-Ocean Ridge Basalt que significa: "basalto de rifte oceânico") e são geralmente de natureza basáltica.
Limites destrutivos das placas tectónicas
Diagrama de limite destrutivo causando terremotos e uma erupção vulcânica.
Estes são os tipos de vulcões mais visíveis e bem estudados. Formam-se acima das
zonas de subducção onde as placas oceânicas mergulham debaixo das placas terrestres. Os seus magmas são tipicamente "calco-alcalinos" devido a serem originários das zonas pouco profundas das placas oceânicas e em contacto com sedimentos. A composição destes magmas é muito mais variada do que a dos magmas dos limites construtivos.
Hot spots ou pontos quentes
Os vulcões de hot spots eram originalmente vulcões que não poderiam ser incluídos nas categorias acima referidas. Nos dias de hoje os hot spots referem-se a uma situação bastante mais específica - uma pluma isolada de material quente do
manto que intercepta a zona inferior da crosta terrestre (oceânica ou continental), conduzindo à formação de um centro vulcânico que não se encontra ligado a um limite de placa. O exemplo clássico é a cadeia havaiana de vulcões e montes submarinos; o Yellowstone é também tido como outro exemplo, sendo a intercepção neste caso com uma placa continental.
A
Islândia e os Açores são por vezes citados como outros exemplos, mas bastante mais complexos devido à coincidência do rift médio Atlântico com um hot spot. Não há consenso acerca do conceito de "hotspot", uma vez que os vulcanólogos não são consensuais acerca da origem das plumas "quentes do manto": se têm origem no manto superior ou no manto inferior. Estudos recentes levam a crer que vários subtipos de hot spots irão ser identificados.


Previsão de erupções






Erupção do vulcão Stromboli, na costa da Sicília, Itália.
A ciência ainda não é capaz de prever com certeza absoluta quando um vulcão irá entrar em erupção, mas grandes progressos têm sido feitos no cálculo das probabilidades de tal evento ter lugar ou não num espaço de tempo relativamente curto. Os seguintes factores são analisados de forma a ser possível prever uma erupção:
Sismicidade
Microssismos e sismos de baixa
magnitude ocorrem sempre que um vulcão "acorda" e a sua entrada em erupção se aproxima no tempo. Alguns vulcões possuem normalmente actividade sísmica de baixo nível, mas um aumento significativo desta mesma actividade poderá preceder uma erupção. Outro sinal importante é o tipo de sismos que ocorrem. A sismicidade vulcânica divide-se em três grandes tipos: tremores de curta duração, tremores de longa duração e tremores harmónicos.
Os tremores de curta duração são semelhantes aos sismos tectónicos. São resultantes da fracturação da rocha aquando de movimentos ascendentes do magma. Este tipo de sismicidade revela um aumento significativo da dimensão do corpo magmático próximo da superfície.
Crê-se que os tremores de longa duração indicam um aumento da pressão de gás na estrutura do vulcão. Podem ser comparados ao ruído e vibração que por vezes ocorre na canalização em casas. Estas oscilações são o equivalente às vibrações acústicas que ocorrem no contexto de uma câmara magmática de um vulcão.
Os tremores harmónicos ocorrem devido ao movimento de magma abaixo da superfície. A libertação contínua de energia deste tipo de sismicidade contrasta com a libertação contínua de energia que ocorre num sismo associado ao movimento de
falhas tectónicas.
Os padrões de sismicidade são geralmente complexos e de difícil interpretação. No entanto, um aumento da actividade sísmica num aparelho vulcânico é preocupante, especialmente se sismos de longa duração se tornam muito frequentes e se tremores harmónicos ocorrem.
Emissões gasosas
À medida que o magma se aproxima da superfície a sua pressão diminui, e os gases que fazem parte da sua composição libertam-se gradualmente. Este processo pode ser comparado ao abrir de uma lata de um refrigerante com gás, quando o
dióxido de carbono se escapa. O dióxido de enxofre é um dos principais componente dos gases vulcânicos, e o seu aumento precede a chegada de magma próximo da superfície. Por exemplo, a 13 de Maio de 1991, 500 toneladas de dióxido de enxofre foram libertadas no Monte Pinatubo nas Filipinas. As emissões de dióxido de enxofre chegaram num curto espaço de tempo às 5 000 toneladas. O Monte Pinatubo entrou em erupção a 12 de Junho de 1991.
Deformação do terreno
A deformação do terreno na área do vulcão significa que o magma encontra-se acumulado próximo da superfície. Os cientistas monitorizam os vulcões activos e medem frequentemente a deformação do terreno que ocorre no vulcão, tomando especial cuidado com a deformação acompanhada de emissões de dióxido de enxofre e tremores harmónicos, sinais que tornam bastante provável um evento eminente.


Comportamento dos vulcões


Indonésia-Lombok: Erupção do Monte Rinjani registrada em 1994.
Erupções freáticas (vapor).
Erupções explosivas de lava rica em sílica (e.g.
riolito).
Erupções efusivas de lava pobre em sílica (e.g.
Basalto).
Escoadas piroclásticas.
Lahars.
Emissões de
dióxido de carbono.
Todas estas actividades podem ser um perigo potencial para o Homem. Para além disso a actividade vulcânica é muitas vezes acompanhada por
sismos, águas termais, fumarolas e gêisers, entre outros fenómenos. As erupções vulcânicas são frequentemente precedidas por sismos de magnitude pouco elevada.
Activos, dormentes ou extintos?
Não existe um consenso entre os
vulcanologistas para definir o que é um vulcão "activo". O tempo de vida de um vulcão pode ir de alguns meses até alguns milhões de anos. Por exemplo, em vários vulcões na Terra ocorreram várias erupções nos últimos milhares de anos mas actualmente não dão sinais de actividade.


Shiprock, erosão remanescente da garganta de um vulcão extinto.
Alguns cientistas consideram um vulcão activo quando está em erupção ou mostra sinais de instabilidade, nomeadamente a ocorrência pouco usual de pequenos sismos ou novas emissões gasosas significativas. Outros consideram um vulcão activo aquele que teve erupções históricas. É de salientar que o tempo histórico varia de região para região. Enquanto que no
Mediterrâneo este pode ir até 3000 anos atrás, no Pacífico Noroeste dos Estados Unidos vai apenas até 300 anos atrás.
Vulcões dormentes são considerados aqueles que não se encontram actualmente em actividade (como foi definido acima) mas que poderão mostrar sinais de perturbação e entrar de novo em erupção.
Os vulcões extintos são aqueles que os vulcanólogos consideram pouco provável que entrem em erupção de novo, mas não é fácil afirmar com certeza que um vulcão está realmente extinto. As
caldeiras têm tempo de vida que pode chegar aos milhões de anos, logo é difícil determinar se um irá voltar ou não a entrar em erupção, pois estas podem estar dormentes por vários milhares de anos.
Por exemplo a caldeira de
Yellowstone, nos Estados Unidos, tem pelo menos 2 milhões de anos e não entrou em erupção nos últimos 640.000 anos, apesar de ter havido alguma actividade há cerca de 70.000 anos. Por esta razão os cientistas não consideram a caldeira de Yellowstone um vulcão extinto. Pelo contrário, esta caldeira é considerada um vulcão bastante activo devido à actividade sísmica, geotermia e à elevada velocidade do levantamento do solo na zona.
Alguns vulcões na Terra
Ver artigo principal: Lista de vulcões


Mapa mostrando as fronteiras entre as placas tectônicas e sub-recentes aéreas de vulcões.
Ojos del Salado (Andes, Chile Maior vulcão da Terra)
Monte Baker (Washington, EUA)
Vulcão de Cold Bay (Alasca, EUA)
El Chichon (Chiapas, México)
Pico de Orizaba (Veracruz/Puebla, México)
Cotopaxi (Equador)
Monte Fuji (Honshu, Japão)
Monte Hood (Oregon, EUA)
Monte Erebus (Ilha de Ross, Antártica)
Etna (Sicília, Itália)
Krafla (Islândia)
Hekla (Islândia)
Kick-'em-Jenny (Granada)
Kilauea (Havai, EUA)
Vulcão das Furnas (Ilha de São Miguel, Açores)
Klyuchevskaya Sopka (Kamchatka, Rússia)
Krakatoa (Rakata, Indonésia)
Mauna Kea (Havai, EUA)
Mauna Loa (Havai, EUA)
El Misti (Arequipa, Peru)
Novarupta (Alasca, EUA)
Pico (Ilha do Pico, Açores, Portugal)
Paricutín (Michoacán, México)
Monte Pinatubo (Filipinas)
Popocatépetl (México-Puebla, México)
Santorini (Santorini, Grécia)
Soufrière Hills , (Montserrat)
Monte Rainier (Washington, EUA)
Vulcão do Fogo (Ilha de São Miguel, Açores, Portugal)
Vulcão da Serreta, (Açores)
Vulcão da Urzelina, (Açores)
Monte Shasta (Califórnia, EUA)
Monte Santa Helena (Washington, EUA)
Surtsey (Islândia)
Tambora (Sumbava, Indonésia)
Teide (Tenerife, Ilhas das Canárias, Espanha)
White Island (Baía de Plenty, Nova Zelândia)
Vesúvio,(Baía de Nápoles, na Itália)
Mendanha - inativo -, Serra do Mendanha, Rio de Janeiro, Brasil)
São Domingos - inativo -, Serra de São Domingos, Poços de Caldas, Brasil
Monte Olimpus em Marte, o maior vulcão do Sistema Solar, com altura estimada entre 22 e 29 quilômetros.
A
Lua não possui grandes vulcões e não é geologicamente activa, mas nela existem várias estruturas vulcânicas. Por outro lado crê-se que o planeta Vénus seja geologicamente activo, sendo cerca de 90% da sua superfície constituída por basalto o que leva a crer que o vulcanismo desempenha um papel importante na modelagem da superfície volumosa do planeta. As escoadas lávicas estão bastante presentes e muitas das estruturas da superfície de Vénus são atribuídas a formas de vulcanismo que não se encontram na Terra. Outros fenómenos do planeta Vénus são atribuídos a erupções vulcânicas, tais como as mudanças na atmosfera do planeta e a observação de relâmpagos.
: [
editar] Tipos de erupção
A proporção de rochas,
gases e lava que um vulcão emite determina o tipo de erupção. Os tipos de erupção recebem normalmente nomes relacionados com vulcões famosos onde se observou um comportamento vulcanológico característico. Alguns vulcões exibem somente um tipo de erupção durante um intervalo de actividade, enquanto que outros podem mostrar uma sequência de diferentes tipos.
As erupções vulcânicas podem ser divididas quanto à sua violência em explosivas e efusivas. As erupções explosivas são causadas pela acumulação de
vapor e gases sob elevadas pressões, que são libertados de forma violenta. A interacção de águas subterrâneas e magma leva à produção de vapor, que retido debaixo de camadas de rocha se acumula até atingir uma pressão suficientemente elevada para a destruir e libertar-se para a atmosfera. Gases que eventualmente estejam dissolvidos no magma em ascensão no vulcão, por acção da elevada pressão no seu interior, podem também expandir rapidamente após a explosão inicial de vapor, formando uma explosão secundária que é por vezes mais intensa que a primária e que pode formar um fluxo piroclástico. Em contraste, nas erupções efusivas existe uma libertação lenta de lava de baixa viscosidade e com reduzido conteúdo volátil, não existindo fenómenos explosivos associados a este tipo de erupção.
Os vulcanologistas classificam as erupções da seguinte forma:
[editar] Erupção havaiana


Erupção havaiana. 1: pluma vulcânica; 2: fonte de lava; 3: cratera; 4: lago de lava; 5: fumarolas; 6: fluxo de lava; 7: camadas de lava e cinza; 8: estratos; 9: soleira; 10: chaminé vulcânica; 11: bolsa de magma; 12: dique.
A erupção havaiana é um tipo de erupção efusiva, sem descarga de gases, com magma
basáltico de baixa viscosidade e temperaturas muito elevadas na chaminé vulcânica, ocorrendo caracteristicamente em hotspots mas também próximo de zonas de subducção. As erupções havaianas, assim denominadas por serem características dos vulcões no Havai, podem ocorrer ao longo de falhas ou fissuras, como aconteceu na erupção do Mauna Loa no Havai em 1950. Também podem ocorrer numa chaminé central, como na erupção de 1959 na cratera Kilauea Iki do vulcão Kilauea, Havai. Nas erupções em fissuras, a lava brota de uma fissura na zona rift de um vulcão e escorre pela encosta, juntando-se a outras correntes de lava. Nas erupções centrais, uma fonte de lava é ejectada a várias dezenas de metros de altura. Neste caso, a lava pode concentrar-se em pequenas crateras formando lagos de lava, ou formar cones, ou ainda alimentar rios de lava que escorram pela encosta. Há produção muito baixa de cinza vulcânica, o que as torna relativamente seguras de observar e por isso populares para os turistas.
O facto de o magma característico destas erupções conter uma baixa percentagem de água dissolvida (menos de 1%) e ser na sua maioria basalto confere-lhes o seu carácter efusivo. Praticamente toda a lava provinda dos vulcões havaianos é basalto toleiítico, uma rocha similar à produzida nas
falhas oceânicas. No vulcão subaquático de Loihi foi detectada erupção de basalto relativamente rico em sódio e potássio (mais alcalino); este tipo de rocha poderá ser característico do início da formação das ilhas havaianas. Em etapas posteriores, houve maior erupção deste basalto alcalino e após um período de erosão houve erupção de pequenas quantidades de rochas invulgares, como a nefelite. Estas variações na constituição do magma provindo de erupções havaianas é estudado para entender o funcionamento das plumas do manto.
[editar] Erupção estromboliana


Erupção estromboliana. 1: pluma vulcânica; 2: lapilli; 3: chuva de cinza vulcânica; 4: fonte de lava; 5: bomba vulcânica; 6: fluxo de lava; 7: camadas de lava e cinza; 8: estratos; 9: soleira; 10: chaminé vulcânica; 11: bolsa de magma; 12: dique.
O nome provém do vulcão da ilha de
Stromboli, na Sicília. Na erupção estromboliana brotam cinzas, gases, pequenos fragmentos de rocha quente (bombas vulcânicas, lapilli), que formam arcos luminosos no céu. Os fragmentos de lava combinam-se para formar rios de lava que escorrem pela encosta. Ocorrem explosões pouco violentas causadas pela acumulação de bolsas de gases, que sobem mais rapidamente que o magma que as rodeia.[1]
Tipicamente, a tefra encontra-se em incandescência quando é expulsa da chaminé, mas a sua superfície arrefece e toma uma coloração escura ou negra, podendo solidificar significativamente antes de atingir o solo. A tefra acumula-se na vizinhança da chaminé, formando um cone de cinza. A cinza é o produto mais comum, havendo também tipicamente uma menor parte de cinza vulcânica mais fina.
Os rios de lava são mais viscosos, logo mais curtos e espessos, que nas erupções havaianas, podendo ser acompanhados ou não de rocha piroclástica.
Os gases dissolvidos coalescem em bolhas que tomam dimensões suficientes para se elevarem através da coluna magmática, libertando-se no topo e enviando magma pelo ar. Existe libertação de gases vulcânicos em cada episódio eruptivo, por vezes com intervalos de apenas minutos. As bolhas de gases podem formar-se a profundidades até três quilómetros, sendo de difícil previsão.
[2]
A actividade estromboliana pode ser bastante duradoura porque o sistema de condutas não é afectado pela actividade vulcânica, podendo o sistema eruptivo repetir-se. Por exemplo, o vulcão Paricutín encontrou-se em constante erupção entre 1943 e 1952, o monte Erebus produziu erupções durante pelo menos várias décadas e o próprio Stromboli tem tido erupções ao longo de milhares de anos.
[editar] Erupção pliniana
Ver artigo principal: Erupção pliniana


Erupção pliniana. 1: pluma vulcânica; 2: chaminé vulcânica; 3: chuva de cinza vulcânica; 4: camadas de lava e cinza; 5: estrato; 6: câmara magmática.
A erupção pliniana é associada à erupção do
Monte Vesúvio em 79, descrita por Plínio o Novo, erupção essa que matou o seu pai Plínio, o Velho e soterrou as cidades de Pompeia e Herculano em cinza vulcânica. Na erupção pliniana, brotam fragmentos de rocha, lava viscosa e uma coluna de fumaça e gás. É usualmente o tipo de erupção mais poderoso. Associados a este tipo de erupção encontram-se frequentemente também rápidos fluxos piroclásticos. Erupções plinianas de grande intensidade, como as que ocorreram a 18 de Maio de 1980 no Monte Santa Helena ou a 15 de Junho de 1991 em Pinatubo nas Filipinas, podem enviar cinzas e gases vulcânicos a vários quilómetros de altitude, até à estratosfera, e a cinza resultante pode afectar áreas a centenas de quilómetros de distância na direcção dos ventos. São características distintas deste tipo de erupção a ejecção de grandes quantidades de pedra-pomes e fortes erupções contínuas de gases.
Erupções plinianas curtas podem durar menos de um dia. Eventos mais longos podem durar desde alguns dias a vários meses. As erupções mais prolongadas iniciam-se com a produção de cinza vulcânica ou fluxos piroclásticos. A quantidade de magma que brota pode ser tão grande que o topo do vulcão pode colapsar, formando uma
caldeira. Pode haver deposição de cinza muito fina em áreas extensas. São frequentemente acompanhadas de forte ruído, como aquele produzido em Krakatoa.
As erupções plinianas de Krakatoa em 1883, Monte Santa Helena em 1980, Monte Tarumae (Japão) em 1667 e 1739
[3], Tira em c. 1600 AEC, a que formou o Lago Crater em 4860 AEC e a do Monte Vesúvio em 79 são exemplos de erupções plinianas que resultaram na formação de caldeiras. A lava é normalmente riolítica e rica em silicatos; é raramente basáltica, tendo sido uma erupção com magma basáltico registada no Monte Tarawera em 1886.
[editar] Erupção vulcaniana


Erupção vulcaniana. 1: pluma vulcânica; 2: lapilli; 3: fonte de lava; 4: chuva de cinza vulcânica; 5: bomba vulcânica; 6: fluxo de lava; 7: camadas de lava e cinza; 8: estrato; 9: soleira; 10: chaminé magmática; 11: câmara magmática; 12:dique.
As erupções vulcanianas foram assim denominadas após as observações de erupções de
1888-1890 do vulcão na ilha de Vulcano, no Mar Tirreno, por Giuseppe Mercalli. Outro exemplo deste tipo de erupção foi a de Paricutín em 1947. Mercalli descreveu a erupção como "(...) disparos de canhão com longos intervalos (...)". Neste tipo de erupção, brotam enormes fragmentos de rocha quente; uma espessa nuvem de cinzas sai explosivamente da cratera a uma elevada altitude, formando alguma cinza fumegante uma nuvem esbranquiçada perto do topo do cone. A sua natureza explosiva deve-se ao conteúdo rico em sílica do magma, que aumenta a viscosidade e portanto a explosividade deste. Pode encontrar-se quase todo o tipo de magma neste tipo de erupção, mas magma com cerca de 55% de basalto-andesito (ou mais sílica) é o mais comum.
As erupções vulcanianas começam normalmente com
erupções freatomagmáticas que podem ser extremamente ruidosas, devido ao aquecimento de água subterrânea pelo magma em ascensão. Este processo é usualmente seguido de uma explosão que desobstrui a chaminé vulcânica, erguendo-se uma coluna suja, cinzenta ou negra, devido à expulsão de rochas preexistentes na chaminé. As erupções vulcanianas podem lanças blocos de rocha de vários metros de dimensão a centenas de metros ou mesmo alguns quilómetros de distância. À medida que a chaminé é desobstruída, as nuvens de cinza tornam-se mais esbranquiçadas, sendo a saída de rolos de cinza similar à das erupções plinianas. Esta fase é seguida pela produção de lava viscosa contendo grandes quantidades de gases e produzindo cinza vulcânica vítrea. Conhece-se a ocorrência de fluxos piroclásticos, como aconteceu nas erupções do Stromboli em 1930, de Montserrat desde 1995 e do Monte Unzen entre 1991 e 1995.
A tefra é dispersa numa área maior que nas erupções havaianas e estrombolianas. A rocha piroclástica e os depósitos formam um cone vulcânico de cinzas, cobrindo a cinza uma grande área. A erupção finaliza com um fluxo de lava viscosa.
[editar] Erupção peleana


Erupção peleana. 1: pluma vulcânica; 2: chuva de cinza vulcânica; 3: cúpula de lava; 4: bomba vulcânica; 5: fluxo piroclástico; 6: Camadas de lava e cinza; 7: estratos; 8: chaminé magmática; 9: câmara magmática; 10: dique.
Numa erupção peleana ou nuée ardente ("nuvem ardente"), tal como a ocorrida no vulcão
Mayon nas Filipinas em 1968, há grande quantidade de explosões de fragmentos de rocha quente, vapores, poeiras e cinzas a partir da cratera central. Estes materiais caem sobre a zona da cratera e formam avalanches que se deslocam a velocidades que podem chegar aos 160 km/h. O magma é geralmente viscoso e rico em riólito ou andesito. Este tipo de erupção partilha algumas características com as erupções vulcanianas, distinguindo-se pela avalanche de material piroclástico e a presença de uma cúpula de lava no topo do vulcão. Observam-se também curtos fluxos de cinza e criação de cones de pedra-pomes.
A fase inicial da erupção é caracterizada por fluxos piroclásticos. Os depósitos de
tefra têm um menor volume e alcance que em erupções plinianas e vulcanianas. O magma viscoso forma uma cúpula escarpada ou uma agulha de lava na chaminé vulcânica. A cúpula pode colapsar mais tarde, resultando em fluxos de cinza e blocos de rocha quente. O ciclo eruptivo completa-se no espaço de alguns anos, podendo nalguns casos prolongar-se por décadas, como no caso de Santiaguito.[4]
As erupções peleanas podem causar grande destruição e perda de vidas se ocorrerem em zonas povoadas, como demonstrado pela devastação ocorrida em Saint-Pierre após a erupção do Monte Pelée na Martinica, em 1902. Outros exemplos incluem a erupção de 1948-1951 do Hibok-Hibok, a erupção de 1951 do Monte Lamington (a mais bem descrita até ao presente), a erupção de 1956 do Bezymianny, a erupção de 1968 do vulcão Mayon e a erupção de 1980 do Monte Santa Helena.[5]
[editar] Erupção subglacial


Erupção subglacial. 1: nuvem de vapor de água; 2: lago; 3: gelo; 4: camadas de lava e cinza; 5: estratos; 6: pillow lava; 7: chaminé magmática; 8: câmara magmática; 9: dique.
As erupções subglaciais ocorrem debaixo de
gelo ou glaciares, podendo causar inundações e lahars e originar hialoclastite e pillow lava ("lava em almofada"). Apenas cinco erupções deste tipo ocorreram no presente. Algumas erupções subglaciares são provocadas por um tipo de vulcão subglacial, o tuya. Os tuyas na Islândia são denominados "montanhas mesa" devido aos seus topos planos. O tuya Butte, na Colômbia Britânica, é um exemplo deste tipo de vulcão.
Não é bem conhecida a
termodinâmica das erupções subglaciais. Os escassos estudos publicados indicam que existe uma quantidade apreciável de calor retido na lava, sendo que uma unidade-volume de magma consegue derreter dez unidades-volume de gelo. A velocidade a que o gelo é derretido é, no entanto, ainda inexplicada e é uma ordem de magnitude maior em erupções reais que em modelos de previsão.
[editar] Erupção hidromagmática
Ver artigo principal: Erupção hidromagmática
As erupções hidromagmáticas, freatomagmáticas ou ultra-vulcanianas são conduzidas por vapor explosivo em expansão resultante do contacto entre solo frio ou águas de superfície frias e rocha quente ou magma. As explosões freáticas distinguem-se por lançarem fragmentos de rocha sólida preexistente na chaminé vulcânica, não havendo erupção de magma. A actividade freatomagmática é geralmente fraca, embora sejam conhecidos casos de forte actividade, como na erupção do vulcão Taal, nas Filipinas, em 1965, e a actividade de 1975-1976 em La Grande Soufrière, Guadalupe.
[editar] Erupções históricas
As piores erupções da
História, que causaram maiores danos:
Krakatoa (Indonésia), 1883
Monte Pelée (Martinica), 1902
Nevado del Ruiz (Colômbia), 1985
Vesúvio (Itália), 1979
Monte Unzen (Japão), 1792





Destruição Saint Pierre na Martinica









Monte Pelée (ou Monte Pelair) é um vulcão situado em Saint Pierre, na Martinica. Em 1902, foi o causador de uma das mais devastadoras erupções vulcânicas de que se tem conhecimento.
Sabe-se que cerca de 30 mil pessoas morreram por causa da erupção, que deu uma completa nova concepção aos estudos
vulcânicos. O fluxo piroclástico, uma cinza vulcânica com cerca de 300ºC, cobriu 20 km ao longo de toda cidade de Saint Pierre seguida pela lava, de aproximados 1000 ºC.
O efeito do fluxo piroclástico é tão devastador que em três minutos exterminou aquele povoado, derreteu casas, prédios. Pessoas foram encontradas queimadas, contorcidas, explodidas.
Em verdade, dois meses antes da erupção já se começava a perceber que tinha algo de errado com o vulcão; entretanto, um misto de ignorância e euforia impediram a evacuação da cidade, a saber:
Eleições que estavam muito próximas
Pedidos do governador que não deixassem a cidade e, os que deixaram, que voltassem
Recusa da matéria alarmante, por falta de espaço, pelo jornal local.
A existência de uma enorme cratera, a qual acreditava-se que conduziria a lava para o mar.
8 de maio de 1903 - dia do fênomeno, foi também feriado em Saint Pierre, era a festa da ascensão, o que incentivou a mais pessoas voltarem para a cidade.
Para se ter noção da força vulcânica, registra-se[
quem?] que conseguiu arremessar pedras do tamanho de uma casa[carece de fontes?].
Entretanto, ninguém na cidade sobreviveu, com exceção de um único homem,
Ludger Cilbaris. Um detido que estava preso na solitária e, justamente por isso, se safou da morte. De fato, as várias camadas de parede que constituiam sua "cela" filtraram as partículas de magma que fazem parte do fluxo piroclástico. Ainda assim, o homem maravilhoso (como ficou conhecido), sofreu sérias queimaduras e, antes de ser encontrado, passou 4 dias de agonia, fome e medo, até ser encontrado por quatro jovens estudantes.
Este evento foi um marco nos estudos vulcânicos e sabe-se que, pela idade geológica do Monte Pelair (ou Monte Pelée), haverá outras erupções de iguais proporções.
Hoje, a despeito dos 30 000 habitantes de 1902, Saint Pierre, conta com apenas 5000 habitantes, que estão muitos felizes com sua atividade econômica e com o turismo local. O famoso monte é monitorado regularmente. No museu da cidade ainda podem-se encontrar vários objetos que foram completamente deformados pelo efeito.
Obtido em "
http://pt.wikipedia.org/wiki/Monte_Pel%C3%A9e"